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HISTÓRIA
As antigas civilizações da Grécia, China, Pérsia e Índia utilizavam a ginástica para preparar os jovens para a guerra.
O nome ginástica deriva do grego gymnos, que quer dizer nu,como os homens competiam durante os Jogos da Antigüidade, há mais de 2 mil anos.
Obscurecida durante um período, a ginástica reapareceu popularmente no século 16, como uma forma de teatro de rua.
Sua história recente remonta ao século 19, com origem na Alemanha. O capitão prussiano Ludwig Jahn,
depois de a Prússia ter perdido uma batalha para Napoleão Bonaparte, em 1806, concluiu que seu povo jamais seria vitorioso se não cuidasse do preparo físico desde a infância.
Em 1812, o capitão fundou uma academia em Berlim para que seus compatriotas se dedicassem ao culto do corpo,
como faziam os gregos antigos. Até o final do século, difundida em escolas, clubes e associações pela Europa.
O primeiro mundial ocorreu em 1903.
Internacionalmente a ginástica olímpica é conhecida como ginástica artística.
NA OLIMPÍADA
A ginástica olímpica masculina está presente nos Jogos desde a Olimpíada Atenas,
em 1896, o primeiro da Era Moderna. Nas primeiras edições, havia a competição dos exercícios combinados,
então uma curiosa mistura de ginástica, atletismo e um pouco de circo. Até subida na corda era disputada,
além dos aparelhos tradicionais. A ginástica feminina estreou em Amsterdã, em 1928.
OS APARELHOS
Os homens competem no solo, salto sobre o cavalo, cavalo com alças, argolas, barra fixa e barras paralelas (simétricas). Os aparelhos femininos são solo, trave, barras paralelas (assimétricas) e salto sobre o cavalo.
- Paralelas assimétricas (feminino)
Sobre duas barras assimétricas, feitas de fibra de vidro e recobertas por madeira, a ginasta executa exclusivamente exercícios de impulso e vôo em diversas combinações: abaixo, acima e entre as barras. As barras têm 240cm de comprimento cada e a separação entre ambas é ajustável entre 120cm e 160cm.
- Cavalo com alças (masculino)
A prova se caracteriza por movimentos circulares e pendulares sobre todas as partes do aparelho. Os movimentos circulares com as pernas unidas devem predominar.
Nas provas modernas, foram introduzidos os movimentos passando pela parada de mãoso cavalo com alças. Todos os movimentos são executados com impulso. Paradas e movimentos 'a força são penalizados. O aparelho tem 1m65cm de comprimento e situa-se a 1m15cm do solo. As alças, sintéticas, têm 12cm de altura e um espaço de 31cm entre elas.
- Trave de equilíbrio (feminino)
prova exige uma troca harmônica e dinâmica entre exercícios acrobáticos e combinações, assim como movimentos ginásticos na forma de saltos, equilíbrios, giros e arcos. A trave, uma peça rígida de alumínio forrada, localiza-se a 1m25cm do solo, tem 10cm de largura, 16cm de altura e 500cm de comprimento.
- Solo (feminino e masculino)
A prova de solo deve combinar exercícios acrobáticos, ginásticos de dança. Tem a duração mínima de 70 segundos e máxima de 90. No feminino, é fundamental a composição harmônica com acompanhamento musical. A área de competição é um quadrado com 12 metros de lado, cercada por uma área de segurança que totaliza 14m2. Esta superfície deve ser ao mesmo tempo elástica e rígida para amortecer as aterissagens.
- Barra fixa (masculino)
É a mais apreciada das provas masculinas. Sustentada por duas colunas verticais fixas por cabos tensores ancorados ao solo, a barra flexível mede 2m40cm de comprimento e tem diâmetro de 28 milímetros. A distância em relação ao solo é de 2m75cm. A prova é composta por uma série de movimentos de impulso (giros gigantes, câmbios e giros próximos à barra) e os espetaculares exercícios de vôo (largadas e retomadas da barra). A aterrissagem tem der ser precisa. Uma queda punida com 0,5 pontos descontados e cada passo com 0,1.
- Argolas (masculino)
O exercício é composto por exercícios de impulso, força e manutenção. O balanço dos cabos é penalizado assim como tocá-los com alguma parte do corpo. Os elementos de força e estáticos são reconhecidos quando mantidos por dois segundos. As argolas são dois aros rígidos de 18cm de diâmetro, suspensos por intermédio de cabos, e localizados a 2m74cm do solo. A separação entre os cabos é de 50cm. O exercício chamado de cristo é o mais característico dessa prova.
- Paralelas simétricas (masculino)
Uma prova moderna deve ser composta de impulsos e vôos, com diversas variações entre apoio e suspensão. São permitidos, no máximo, três paradas durante a prova.
As paralelas simétricas são duas barras flexíveis de fibra de vidro recobertas de madeira. Têm 3m50cm de comprimento e ficam a 1m75cm do chão. A distância entre elas é de 42cm.
- Salto sobre o cavalo
(feminino e masculino)
A prova se divide nas seguintes fases: corrida (de no máximo 25 metros), impulso no trampolim (com os dois pés juntos), primeira fase de vôo,
repulsão sobre o cavalo (com as duas mãos), segunda fase de vôo (com rotações em torno dos eixos longitudinal e transversal do corpo),
e a aterrissagem (com os dois pés juntos). O aparelho mede 1m60cm de comprimento e 35cm de largura e está situado, para os homens, a 1m35cm do solo e,
para as mulheres, a 1m25cm. Na ginástica feminina, o aparelho é utilizado na transversal, e, na masculina, na longitudinal.
A COMPETIÇÃO
Há três competições: por equipes, por aparelhos e individual geral.
No primeiro dia de competição, os ginastas se apresentam em todos os aparelhos.
As equipes são compostas de seis atletas, dos quais competem cinco em cada aparelho,
sendo contabilizadas apenas as quatro melhores notas.
As seis melhores equipes se classificam para as finais por equipes,
os 36 melhores ginastas se classificam para disputar a medalha de campeão individual e os
oito melhores atletas em cada aparelho disputam as finais por aparelho.
CONTAGEM DE PONTOS
Cada prova é avaliada por seis árbitros: dois julgam o conteúdo e a dificuldade do exercício (parte objetiva)
e quatro julgam a parte de execução da prova (chamada de subjetiva). A nota da parte subjetiva é feita com a média
das duas notas intermediárias: corta-se a mais baixa e a mais alta e soma-se e divide-se por dois as duas notas intermediárias.
A nota objetiva é dada em consenso pelos dois juízes: eles conversam e decidem uma única nota.
A soma das duas avaliações será a nota final do ginasta, que não pode ultrapassadar 10.
PERSONAGEM
Nascida no dia 12 de novembro de 1961, Nadia Comaneci começou a praticar ginástica aos seis anos (quando despertou a atenção do casal de treinadores Marta e Bela Karoly, que em 1981 fugiram para os Estados Unidos), e,
aos 12, já era a campeã de seu país. Em Montreal, aos 14 anos, com 1m50cm de altura e pesando 35 quilos, ela arrebatou as duas primeiras notas 10 da história da modalidade na disputa nas paralelas assimétricas.
No correr da competição, ela recebeu ainda outras cinco notas 10. Foi a grande campeã geral e obteve outros dois ouros individuais, nas paralelas e na trave. Em Moscou, nos Jogos de 1980, aos 19 anos,
ela perdeu o título de campeã geral por apenas 75 centésimos, mas venceu na trave e no solo. Encerrou a carreira com cinco medalhas olímpicas de ouro, três de prata e uma de bronze.
NO BRASIL
João Luiz Ribeiro e Cláudia de Paula Magalhães Costa foram os primeiros ginastas brasileiros a participar de uma Olimpíada, em Moscou, em 1980.
Ribeiro se classificou em 63º lugar e Cláudia, em 30º. Gérson Gnoatto e Tatiana Figueiredo foram a Los Angeles, em 1984, finalizando em 70º e 57º, respectivamente.
Guilherme Pinto e Luiza Parente estiveram em Seul, em 1988, quando terminaram em 84º lugar e 35º. Luiza também foi a Barcelona, 1992, ficando em 57º,
junto com Marco Antônio Monteiro, em 84º.
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